• Animais de estimação também podem sofrer de doenças emocionais?

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  • 14/10/2018 08:00

    Assim como nos humanos, os animais de estimação também estão sujeitos a ter depressão. Em cães e gatos ela pode se manifestar de várias maneiras, perda de peso, apatia, tristeza profunda são alguns desses sintomas. Normalmente, as principais causas são mudanças de rotina e ambiente, solidão e falta de atividades físicas. 

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    Segundo a médica veterinária Karina D´Élia Albuquerque, todos os animais domésticos podem sofrer de depressão. “Atualmente com a humanização dos animais domésticos, temos nos deparado com recorrentes manifestações de depressão, ansiedade e outros distúrbios psicológicos que afetam diretamente a personalidade desses animais como, por exemplo: irritabilidade, destruição de móveis  e objetos pessoais, e urinar e defecar fora dos locais preestabelecidos”, explicou. 

    Os gatos são ainda mais propensos a desencadear um quadro depressivo, segundo a médica, a mudança de rotina é um dos principais fatores que pode levar a depressão. E, com isso, há o aparecimento de doenças, como Síndrome da Pandora (cistite idiopática no felino) e, principalmente as fêmeas, que iniciam com sintomas de cistite e hematúria (sangue na urina). Outros animais se escondem e param de se alimentar, explica a veterinária. 

    “Os cães e os felinos são muito resistentes às mudanças de rotina, como a introdução de um novo animal na casa, a morte de uma pessoa próxima, o afastamento de um animal companheiro. Devido à correria do mundo moderno, os donos dos pets passam muito tempo no trabalho e os animais se sentem sozinhos e abandonados”, disse. 

    Há diversas formas de aparecimento, e é fundamental que os tutores fiquem atentos aos sinais. Nos cães, podem manifestar perda de apetite, apatia acentuada, lambedura excessiva nas patas e no corpo, tristeza profunda, rejeição ao toque e isolamento. 

    A médica dá algumas dicas de cuidados, para que o tutor possa ajudar o animal a reverter o quadro de depressão. “Em primeiro lugar, precisamos minimizar ao máximo as mudanças de rotina, levar ao veterinário para realizar exames laboratoriais e de imagem, e ter certeza que não há doenças primárias, tentar manter uma rotina diária com os animais, como passeios e brincadeiras. Manter um acompanhante sempre que possível na ausência do proprietário. Há casos que são recomendados o uso de antidepressivos e sessões terapêuticas caninas”.

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