• Família responsabiliza Hospital Alcides Carneiro por morte de bebê

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  • 20/12/2018 10:10

    O bebê Ikaro Miguel Monteiro de Oliveira nasceu no dia 05 de dezembro, no Hospital Alcides Carneiro. Vindo de uma gestação, que segundo sua mãe, Tayná Monteiro, foi boa e tranquila, após o nascimento, ele começou a apresentar complicações e morreu treze dias depois. Apesar do prontuário do hospital afirmar que o bebê estava com 39 semanas, o atestado de óbito do bebê aponta como causa da morte a prematuridade, choque séptico e sepse neonatal. A família acredita que a negligência médica tenha sido o principal motivo que levou a vida do bebê.

    Durante o pré-natal foi decidido que Tayná faria uma cesariana e uma laqueadura. Segundo Tayná, na última consulta do pré-natal, no dia 27 de novembro, a médica que a atendeu fez o cálculo da gestação e considerou que já estava na hora do parto. No entanto, no laudo de uma ultrassonografia feita no dia 26 de outubro diz que a gestação estava com 29 semanas. Considerando a data marcada pela médica, a cesariana foi feita em uma gestação de 34 semanas, e não 39 semanas como o esperado pela mãe. O que, segundo Tayná, foi um dos motivos que pode ter agravado o estado de saúde de seu filho.

    Nos primeiros dias, a informação que os familiares tiveram era que Ikaro tinha problemas respiratórios, teve convulsões e até uma parada cardíaca e que teria sido reanimado. O bebê ficou internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal do hospital. E só depois do falecimento que a mãe ficou sabendo que ele havia contraído uma infecção. “Enquanto ele estava internado não falaram que ele estava com uma bactéria. Fiquei sabendo depois. Meu filho nasceu prematuro, a médica do pré-natal fez o cálculo errado e o hospital que tinha a chance de consertar o erro não viu. Meu filho teria que nascer na verdade no dia 17 de janeiro”, disse Tayná.

    Ikaro foi sepultado na manhã de ontem. Familiares estão muito abalados e esperam que o caso seja esclarecido. “Eu vou procurar justiça, pelo Ikaro Miguel e tantos outros que estão passando pelo mesmo que eu. Tenho todos os exames e quero provar que foi negligência médica”, disse a mãe. 

    Em nota, a Secretaria de Saúde informou que a direção do hospital está abrindo sindicância para apurar o caso. A gestante deu entrada no HAC com a indicação do médico que fez o pré-natal para realização de cesárea, com posterior procedimento de laqueadura. O prontuário da paciente apontava período gestacional de nove meses (39 semanas). 

    A direção do hospital estuda todos os relatórios dos procedimentos aplicados no atendimento à gestante e ao bebê. Todas as medidas necessárias para o restabelecimento do quadro clínico foram adotadas pelas equipes. 

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